Dentre os mais premiados do mundo por suas invenções etílicas, os cervejeiros
artesanais mineiros, cansados da mesmice das cervejas industrializadas, estão
cada vez mais criativos e ousados.
Os mineirinhos já servem cervejas com sabor de jabuticaba, pitanga, cachaça, fumo
de rolo (êta fumo!), boldo, polvilho, pétalas de flor e – claro que não poderia faltar – até
o tradicional doce de leite.
As ousadias cervejeiras são maiores em Minas mas
acontecem também em outros cantos do Brasil, aderindo a idéias fermentadas também com abóbora, mel, amora,
pimenta e tudo mais que puder resultar numa boa cerveja.
Esse é um dos resultados do movimento slow bier, cujo slogan
é “beba pouco, mas beba bem” (mas se quiser beber muito, pode também). Ele foi
criado para incentivar o uso de ingredientes locais e valorizar a cultura
regional, assim como fizeram os adeptos do slow food em defesa da
culinária tradicional de diversos países, ameaçada de desaparecimento pela
massificação e impessoalidade do fast food.