Leminski em sua casa
(foto Américo Vermelho)
Ontem foi o Dia da Poesia.
Como estávamos bebendo a vida, deixamos para hoje comemorarmos o dia e a noite com um dos nossos poetas preferidos, Paulo Leminski.
Sem mais delongas:
Sem mais delongas:
Cinco bares,
dez conhaques
atravesso são paulo
dormindo dentro de um táxi
pariso
novayorquizo
moscoviteio
sem sair do bar
só não levanto e vou embora
porque tem países
que eu nem chego a madagascar
dez conhaques
atravesso são paulo
dormindo dentro de um táxi
pariso
novayorquizo
moscoviteio
sem sair do bar
só não levanto e vou embora
porque tem países
que eu nem chego a madagascar
Parem
eu confesso
sou poeta
cada manhã que nasce
me nasce
uma rosa na face
parem
eu confesso
sou poeta
só meu amor é meu deus
eu sou o seu profeta.
eu confesso
sou poeta
cada manhã que nasce
me nasce
uma rosa na face
parem
eu confesso
sou poeta
só meu amor é meu deus
eu sou o seu profeta.
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epitáfio para o corpo
Aqui jaz um grande poeta.
Nada deixou escrito.
Este silêncio, acredito
são suas obras completas.
Aqui jaz um grande poeta.
Nada deixou escrito.
Este silêncio, acredito
são suas obras completas.
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Aproveito o ensejo e publico essa definição de poesia pelo próprio Leminski.
(Américo Vermelho, co-editor do blog).
(Américo Vermelho, co-editor do blog).
Um comentário:
Meu caro amigo e co-editor. Bela homenagem à poesia, aos poetas e ao Leminski. Mas só prá informar, essa foto não é do Leminski. Esse é também um poeta curitibano, Tadeu (segue um sobrenome impronunciável), tambem muito amigo dele.
É isso....
abs
Americo
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