Isso mesmo, pé sujo também é cultura.
E por falar neste tema, o historiador carioca Luiz Antonio Simas sabe muito bem falar, lecionar e escrever sobre as culturas da diáspora africana no Brasil.
Ah, frequenta e sabe divulgar como ninguém os botecos da vida.
Leiam trecho de "A ágora carioca", texto do autor no livro lançado recententemente "Pedrinhas Miudinhas":
"A luta pelo boteco é a possibilidade de manter viva a crença na praça popular, espaço de geração de ideias e utopias - fundadas na sabedoria dos que têm pouco e precisam inventar a vida - que possam nos regenerar da falência da (des)humanidade que se limita a sonhar com o tênis novo e corpo moldado, não como conquista de saúde, mas como simples egolatria incrementada com bombas e anabolizantes cavalares.
(...) Este combate, amigos, é muito mais significativo do que imaginam os arautos modernosos e seus programadores visuais. Botequim, afinal de contas, tem alma, é entidade, terreiro carioca, feito os trapiches s sobrado do cais do porto me noite de lua cheia".
Salve Simas.
Salve intelectuais da sua estirpe,
que têm alma de botequim.
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