quarta-feira, 2 de setembro de 2009

De vascoíndios e de uma vitória fervente servida com vinho gelado


Adoro esta diversidade de paladar, de costumes e de times.


Outro dia eu estava na Bahia (rima merecida), em Porto Seguro, visitando uma região indígena, onde Cabral aportou e crucificou o país.


Me dirigi ao ponto de ônibus, depois de muito apreciar a natureza da região e os artefatos e artesanatos nativos.


Enquanto aguardava, notei um grupo de tupiniquins sentados em um bar chamado “Toca do Bacalhau”, bebendo cerveja de garrafa e torcendo para o... Vasco da Gama.


Vendo o jogo transmitido pela TV, no alto do bar, atentei-me à parede coberta com bandeiras do time e as vestes dos índios: camisetas vascaínas.

Torciam como nobres, bebiam como bárbaros e brincavam uns com os outros como bons brasileiros.


“Amigo, onde fica seu varal?” – perguntou um torcedor ao outro que chegava com a mais nova oficial camiseta.


Nisso, o coletivo chegou e eu adentrei, acompanhada de muitos italianos tocando... berimbau.

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Vinho gelado, vitória fervente


- Moço, moço...este vinho está gelado. Não se serve vinho gelado.

- Aqui se serve!!!

Mas que barbaridade, onde estamos?

Em Goiás.


É verdade, estou em Goiás, comemorando calada os quatro a zero do meu Internacional sobre o time da casa.


Só por isso deixo pra lá o desaforo de ter que ouvir isso: Aqui se serve...

Que venha mais vinho para acompanhar a pizza fria. Mas nem vou comentar que não se serve pizza fria.


Adoro esta diversidade cultural.


E divirto-me ainda mais quando o meu time dá de quatro no Goiás, sem dar tempo do vinho ficar na temperatura ambiente...

Mas a pizza foi aquecida por solicitação. Não dava para engolir mais essa, seria muita selvageria.


Colaboração da formosa gaúcha Circe Brasil, nossa correspondente dos portos mais alegres e seguros, que ora atraca sua nau Santa Maria em Goiás.


Texto este ansiado pelo nobre vascaíno Jorge Gouvêa, que, ao ouvir a história dos índios que torcem pelo time inspirado no navegador e explorador português, nunca mais se conteve, cobrando todos os dias a postagem desta crônica no blog.

Toma lá, ó Jorge!

(editado e postado por Washington Araujo).

Um comentário:

Anônimo disse...

Washington,

Demorô, mas ficou 10!!!

Abraço,

JorgeLG.