segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Vamos bebendo a vida


 Todos sabemos que 2015 não foi fácil, mas vamos levando a vida, bebendo. 
Hoje, os editores deste blog perceberam o quanto o mesmo estava abandonado, sem uma postagem em dezembro.

É a correria da vida. Temos muito o que beber e vamos deixando nossas obrigações de lado.

Mas hoje já publicamos duas. Vamos ver se lembramos, depois das muitas bebedeiras de final de ano,  de publicarmos mais algumas. 

Estas fotos são da sexta para o sábado, dia 18 para 19 de dezembro. Um expediente inteiro de trabalho no bar: oito horas. Maratona das 19 horas até as 03 da matina do outro dia.

Sobreviveremos. 


Cerveja desperdiçada



Sugestão do nosso amigo, lupulomaníaco, correspondente do blog em Minas, Wilson Renato Pereira

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Bar do dilema

No oeste baiano, uma dúvida cruel. O bar nos pede para passar por ele, ao mesmo tempo que nele fiquemos. É uma dilema.

sábado, 7 de novembro de 2015

A Adega voltou....



 De roupa nova, a Adega recebe os boêmios de sempre


Os boêmios que frequentam a Adega da Praça andaram falando pros lados e olhando pro chão durante dois meses e meio.

Sim, dois meses e meio em que a Adega da Praça ficou fechada, experimentando roupa nova. 

E, nestes sofridos 75 dias, acompanhamos as obras cotidianamente. 

Mas para nossa alegria, ela voltou. 
A Adega voltou.

Para aplacar nossa saudade, o nosso amigo Anselmo, um dos proprietários de nosso parque de diversão de adulto, fez até uma avant-premiere para os amigos do blog.

Por ocasião do aniversário do nosso confrade Vitor Góes, que completou bem vividos 55 anos, as portas nos foram abertas para ficarmos lá dentro, fechadinhos.

Depois, abriu para um público ávido de cerveja gelada.

Seja bem voltada, nossa Adega, nosso templo de conversa fiada e de cerveja gelada (rimou).

 Adriano, o co-editor do blog, Washington, e Anselmo
 O co-editor Américo, Carmola e Vitor
 Nosso segurança Vitor, dando as costas para os convivas, mas de frente para a majestosa São Salvador
 Lúcia, como de hábito, de costas para os flashes, Washington, Vitor e Américo
A moçada já bem alegre com o anfitrião Anselmo ao fundo


A tristeza que era a Adega Fechada e a alegria que é fecharmos a mesma

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Conselho amigo - momento auto ajuda


Na nossa incessante tarefa de tornar a vida dos nossos 17 leitores mais leve, selecionamos hoje a frase acima escutada num canto de um autêntico pé sujo!
Sintam, senhoras e senhoras, a profundidade do pensamento!
Quantas brigas, discussões, guerras, etc., poderiam ser evitadas se as pessoas tomassem isso ao pé da letra.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Para lembrar um grande amor: Bar do Carlito


Muito Além das Garrafas

Já pertenci a uma tribo. A nossa aldeia ficava numa praça e um bar era a nossa oca.

Sentados em volta de uma mesa, a vida era celebrada. O cacique, que era o dono do bar, chamava-se Carlito e tinha um poder   especial para unir as mais diversas tribos à sua volta.                             

Neste verdadeiro conselho tribal, vivemos e vencemos várias batalhas. 

Batalhas que faziam parte de tantas guerras que nem nós  sabíamos 
precisar quantas.

Guerras de consciência e de gerações, conflitos políticos e econômicos. Este último item, então, era uma batalha constante, pois nossos bolsos estavam quase sempre vazios.

Mas, o Carlito sempre dava um jeito de pendurarmos nossas continhas (modéstia minha). Não era por isso que sairíamos sóbrios.

Na falta de um adversário, às vezes, brigávamos, verbalmente entre nós mesmos. Discutíamos por tudo. Desconfio até que alguns discordavam de opiniões só para dormir com mais um discussão no currículo. 

Nos bons tempos, o Carlito fechava o bar, mas ninguém saía.  Aí a coisa partia para a conspiração e as confidências giravam entre cúmplices.

A coisa ia até quatro, cinco horas da manhã, no máximo. Afinal, os compromissos nos esperavam. E sem compromissos como iríamos abater nossas contas, que muitas vezes mais pareciam prontuário de bandido famoso?

Mesmo sabendo que desta oca jamais sairíamos sem tomar uma e muitas outras, de vez em quando pagávamos a dolorosa. Fazer o quê? O Carlito tinha que sustentar sua família.

Amigos iam, amigos vinham, mas era batata encontrar sempre alguém para bater um papinho e tomar uma gelada tirada da Jandira (apelido que o Carlito deu ao freezer).

Se a casa estivesse freqüentada por um desafeto, a solução era conversar com o mesmo e quebrar o gelo. Quantos amigos cultivamos desta forma...

E tinha o Carlito, espanhol que chegou ao Brasil com 12 anos para nunca mais voltar. Ficou também algo de seu sotaque. Só isso, pois o idioma espanhol esqueceu.Não deixava de falar cervessa, por exemplo.

Homem de bom humor, tirador de sarro, perdia o cliente, mas não a oportunidade de fazer uma brincadeira.

Dono de ótimo coração, apesar das duas pontes de safena, o Carlito ouvia todas as conversas ao seu redor. Às vezes, de acordo com a amizade, intervinha para acrescentar alguma tiradas bem humorada ou para dar uma “gossadinha” de nossa cara.

Dos 36 anos de existência do bar, o Carlito nos aguentou, pelo menos, 20.

E num reduto democrático, como todo boteco que se preza, falávamos de tudo e de todos, inclusive do próprio dono.
Pois é, já pertenci a uma tribo, onde nossos programas de índio eram feitos ou planejados na oca do Bar do Carlito.

Depois, um mudou, outro casou, outro morreu e o bar foi se esvaziando.
Ir lá, só para ficar nostálgico.  Alguns resistentes ainda frequentavam. Eu, traidor, fiquei com um pé numa canoa e outro em várias.  Reconheço.

Percebi isso no dia em que paguei minha quase eterna contas. Paguei, não abati como fazia há anos e não abri outra. Lá se foi um péssimo, mas delicioso hábito.  Querem coisa mais gostosa do que beber, comer, conversar e depois virar as costas e tchau, Carlitos?

Carlito, nunca me despedi de você.  Não o fiz por ter a certeza de que você sempre está atrás do balcão, como nos velhos tempos. Na minha memória, pelo menos, você é eterno.

Saudades até de quando você nos expulsava, vendo as horas sumirem com nossos goles de cervejas. 

Como quando você fingia não ter ouvido que era a saideira e, mesmo reclamando, colocava outra e mais outra, outra, outra....


O nosso Carlito foi para o balcão da eternidade em 1996, mas sempre estará ao nosso lado pelos bares da vida.

 Guto, tomando uma rara água de coco, Carlito, Oswaldo, Ronaldo e Badão
Neri, Carlito, Guto e este que vos tecla, Washington

PS. O co-editor deste blog, Américo Vermelho, não gosta de textos grandes, mas vai entender os motivos que levaram o seu confrade a publicar este com tantas letras de nostalgia. 

sábado, 17 de outubro de 2015

Bar do Zé, um pé sujo como é: de verdade

Cícero, Richard, Zé, Vitor, Serginho, Toninho e Washington, 
na bela fachada de um bar em que está inscrito que é um lar

Voltamos ontem ao bucólico pé sujo da Barão de Guaratiba, no Catete para constatar várias verdades.

Verdade que o Zé continua sendo o Jamelão do balcão
Ranzinza e bem humorado, Zé fala na lata o que pensa, mas sem perder a ternura jamais.

Verdade que a cerveja de 600 ml continua geladíssima e que o sanduíche de calabresa continua sendo da melhor qualidade, sabor e aroma.

Verdade que os frequentadores, como o nosso amigo Toninho, continuam bem humorados, sarcásticos e nos recebem, anfitriões que são,  como se fossemos as primeiras visitas.

Verdade que a trilha sonora, selecionada por um dos maiores conhecedores de música do Rio, o Toninho, continua sendo das melhores. Samba e jazz para ninguém botar defeito.

Verdade que sempre conhecemos novas amizades, apreciadoras de um bom pé sujo, como foi o caso do Richard, que veio a pé depois com a gente, até o Principado da São Salvador, beber mais uma(s) saideira. 

E verdade final, que saímos de lá como sempre: embriagados, cheios de amor para dar, com a alma encharcada de cerveja e repleta de lirismo.

Grande Zé e grande e carinhosa Dona Nete.
Obrigado pela acolhida.
Voltaremos sempre. E isso não é uma ameaça.









PS. As duas primeiras fotos são do grande poeta das lentes, Américo Vermelho, co-editor deste blog, em ano sabático desde 2012.
As outras fotos são deste humilde e mediano escriba, Washington, que quase sempre deixa de retratar com precisão o que suas vistas ainda vêem com exatidão.

sábado, 26 de setembro de 2015

Debate acalorado num pé limpo de alma suja


No sentido horário, o co-editor Washington Araújo, a pésujete Cristina Vermelho, o Co-editor Américo Vermelho, Cícero Rodrigues e Silvia Penteado. 

Mais uma reunião das mais produtivas no Boteco da Praça.

Enquanto a nossa Adega, sede oficial deste "Tire as mãos do meu pé sujo" não nos é entregue, em razão de uma reforma que nunca acaba, vamos nos reunindo num "pé limpo" de alma suja.

Desta vez, tivemos como convidados ilustres os comunicadores Silvia Penteado e Cicero Rodrigues.

Limpamos a pauta, discutindo, debatendo sobre tudo e todos.
De fitoplâncton a Pablo Escobar, do reacionarismo latente presente em nossa sociedade á doçura de Amelie Poulain, da burocracia que nos sufoca à histórias da vida que mais parecem novela, fomos derrubando todos os assuntos de forma definitiva (pelo menos nesta noite).

Às vezes o tom subia, se acalorava. Mas nada que um gelada não esfriasse.

Tarde da noite, cadeiras, em cima das mesas, água no pé, no final das contas, pagamos a dolorosa e parte dos presentes continuou com pauta extra na praça.

A diretoria deste blog mais do que sujo agradece aos convidados e, de antemão, pede desculpas por algum arroubo deste co-editor. Ah, o outro, o Vermelho, é indesculpável.


sábado, 19 de setembro de 2015

Naquela mesa....


O time do só alegria: Nosso visitante, Ricardo, Washington, Serginho, Américo e Vitor

Não tem jeito. É só sentarmos na última mesa do Boteco da Praça, coladinha ao banheiro, para rirmos muito, de tudo e de todos.

Foi assim na noite de sexta. Rimos, fotografamos, falamos mal dos ausentes....
Pois, como disse o eterno Ariano Suassuna, só devemos falar mal das pessoas pelas costas, pois cara a cara dá um constrangimento....

Falamos bem somente da pésujete Cris que, no momento, faz uma tournée pela Europa, colhendo subsídios sobre os pés sujos do Velho Mundo.
Cultura, cultura...


Do outro lado do balcão, a Dani só observando os malucos falando bobagem
 
Este amor demais antigo..... 
 Não entro, mas bebo
Na saída, ainda fomos ao "inimigo", boteco mais "coxinha" da São Salvador.
Lá, como este co-editor do blog tem palavra, fiquei do lado de fora.

Eu e o outro co-editor, o Américo Vermelho, temos um código de honra de evitar adentrar o recinto do "inimigo", pois lá só vende chope, não nos permitindo degustar a sagrada gelada engarrafada em 600 ml.  
Mas como o senhor Vermelho, quando bebe, esquece-se dos compromissos, quando percebeu, já estava lá dentro. 

Eu, não, mantive-me firme, do lado de fora.
O chopinho? Bem, o chopinho, quem há de resistir?

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Lua, conhaque e Drummond




Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo (Drummond)

Obs.: Como meus recursos de equipamento e talento são ínfimos, ao contrário do co-editor Américo Vermnelho, resolvi ampliar as fotos e invadir o texto. 
Tudo em homenagem à lua e... ao conhaque. 

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Sem pé sujo, mas com alma lavada

Nossa adega, sempre nossa, mesmo fechada. Sem sombra de dúvidas.

Nossa eterna Adega da Praça está passando por cirurgia plástica.

Órfãos temporários da cerveja gelada e da descontração de nosso boteco pioneiro, fomos para o Boteco da Praça, um filho da adega, mas com ares mais sofisticados, com jeitão de filho desnaturado.

Mesmo cientes de que íamos encontrar muita limpeza, levamos toda a nossa alegria ao local, sabedores que de que o pé sujo saiu da gente temporariamente, mas nós não saímos do pé sujo.

E foi com este período que fechamos, no bom sentido, o Boteco da Praça na noite de sexta para sábado, 28/29 de agosto último.

Foi uma noite de muitas piadas, chistes, boutades, ironias e sarcasmos.
Rimos, rimos muito. Até ficar sem dó da gente.

Ah, passou, de forma fortuita pelo local, o nosso co-editor deste blog, Américo Vermelho.
De forma tão fortuita que não estava presente para a foto histórica abaixo, quando mostramos como se fecha um boteco.

No flagrante, podemos vislumbrar as presenças deste editor, Washington, do filósofo passarinho Vitor, da acadêmica Cris Vermelho e do discreto, mas sempre farrista, Serginho.



Já no outro dia, os filhos do Vermelho compareceram em peso.
E o pai, nosso co-editor Américo Vermelho,  não é que foi o último a chegar!!!
Na foto, Caio, Renan, Ian, Gabi e Américo.



sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Reunião de diretoria

Priscila Rosário, Washington Luiz, Cristina Vermelho, Américo da mesma cor e Arlindo bronzeado.

ATA, Reunião de Diretoria com a presença corpo diretivo do "Tire as mãos do meu pé sujo", realizada em 03 de agosto de 2015.

Presentes: co-editores Américo Vermelho e Washington Luiz Araújo, repórter: Cristina Vermelho; convidados especiais: Arlindo e Priscila.

Na ocasião foram debatidos vários temas importantes para os dias que se seguem.
A saber: reforma do Adega da Praça, críticas desconstrutivas a Eduardo Cunha e companhia nada bela; considerações sobre a rodada do futebol, cada vez mais rodada e menos futebolística, e assuntos diversos;

Ah, e contra golpe que tentam aplicar no país, sorvemos vários goles de cerveja gelada e todos reunidos concluímos, unanimemte: não passarão. Golpe? Nem de ar.

Por ser segunda-feira e dada a idade provecta dos membros masculinos (opa!) da diretoria, a reunião encerrou-se 'as 22 horas.

Sem mais, assinado,

Membros inferiores do "Tire as mãos do meu pé sujo".


Adendo: Esteve  igualmente presente, o sócio-fundador Sérgio Rodrigues. No entanto, pelo fato do mesmo ter resolvido por conta própria, sem consultar seus consorciados, de ingerir somente água, foi instado a se retirar.

domingo, 5 de julho de 2015

Cachaça Século VIII: uma boa velhinha de 240 anos


 
Por Renato Pinto Flor

Tem coisas que só quem roda por ai encontra. Entre um boteco e outro, nas estradinhas do sul de Minas Gerais, nós, do moto clube Arcanjos, encontramos um alambique bicentenário numa fazenda que pertence a um sobrinho distante de Tiradentes. Há oito gerações se produz a cachaça artesanal Século XVIII. As instalações são basicamente as mesmas. O barracão de bagaços se mantém erguido com toras e coberto com telhas de barro. A base do moinho ainda é feita de pedras e tocado por uma roda d´água. A fornalha que aquece o alambique é alimentada pelo bagaço da cana e o líquido que pinga do alambique é resfriado por água corrente, desviada de um riacho próximo. Até a cana usada na produção é orgânica e a mesma de anos atrás.

Eles plantam feijão no meio do canavial a fim de enriquecer o solo para o cultivo da cana, sem necessitar de defensivos químicos, mantendo a cachaça o mais natural possível. O Alambique fica na cidade de Coronel Xavier Chaves. O tal coronel era bisneto da irmã de Tiradentes, Antônia Rita da Encarnação Xavier, a cidadezinha fica entre Tiradentes e São João Del Rei; Lá está o Engenho Boa Vista, que produz a cristalina cachaça Século XVIII e é considerado o mais antigo engenho em atividade no país.

Ao entrar no rústico barracão encontra-se, além de toda a parafernália de produção, um balcão de madeira mal iluminado, próximo a um fogão de lenha e um senhorzinho servindo cachaça em pequenos copos e falando sem parar. Do fogão saem linguiças cortadas em rodelas, que são consumidas entre um gole e outro da “marvada”.

Ele conta que o engenho foi construído em 1755 e, desde então, nunca parou de fazer o produto artesanal de boa qualidade. Quando questionado como envelhece o precioso líquido, o simpático senhor diz que sua cachaça não é envelhecida em barris de madeira, "minha cachaça é cristalina, não tem vergonha de ser cachaça". O envelhecimento se dá nas próprias garrafas.

De tanto experimentar a danada, esquecemos de perguntar o nome do sábio velhinho, mas no meio de três ou quatro cachorros que ali vivem, circulam os visitantes e também o Luiz Fernando, herdeiro da fazenda, ou simplesmente Nando e seus dois filhos. Muito simpático nos contou que para beber cachaça é preciso respeitar algumas regras:

1 - Beber apenas em momentos de alegria;

2 - Beber apenas acompanhado de amigos;

E ainda conta, que visitado por um hepatologista cachaceiro, aprendeu que o fígado  tem limites e ensina uma fórmula para beber com saúde. Deve-se observar a densidade do álcool que é de 0,8 kg/m³, multiplicá-la pelo teor alcoólico (% Gay Lussac) e depois pelo volume (ml) consumido. Para um consumo saudável o resultado da conta deve ser menor que 20, caso o cálculo refira-se há um dia ou menor de 100 se aplicado ao consumo semanal. Vale lembrar que o volume é cumulativo.

A cachaça realmente é diferenciada, não sei se bebida fora daquele contexto será tão saborosa, mas o fato é que a situação transporta quem está por ali para um distante passado onde não era pecado beber cachaça nem comer linguiça usando as próprias mãos.

Integrantes do moto clube Arcanjos não só apreciaram como
ouviram palestra sobre a cachaça Século VIII

sábado, 27 de junho de 2015

Para meus amigos de infância, notícias do nosso amigo Giannotti

Meus amigos de juventude, ontem voltei 35 anos no tempo e fui a um dos locais onde íamos pousar nossas loucuras.

É, como podem perceber, fui ao bar do Toninho, o Amigo Giannotti, no velho e bom Bixiga, e tenho boas notícias.

Todos estão bem. O Toninho está beirando os 85 anos e continua o mesmo falador simpático, afetuoso.

Perguntou da turma da Vila e eu disse que estamos bem.

Bom, o Savério, filho do Toninho - lembram? -, como um bom filho de italiano, siciliano, era esquentadinho, agora está bem mais gordinho e muito mais calmo, dentro dos seus 51 anos.

O Savério é quem agora faz as fogazzas, pois a dona Mídia, aos 84 anos, está com problema de visão.

Mas a família toda trabalha lá. Os que não trabalham passam por lá sempre.
O Savério já é avô de uma garota de 10 anos. Acreditam?
Portanto, o Toninho e a dona Mídia são bisas. Que coisa!!!

Ah, o Biotômico gigante de madeira continua lá, como podem perceber nas foto.
Ele fica na porta, ao lado do Santo Antônio.
O santo naquela escultura de madeira, no  qual o Toninho colocava um surrado pano de prato no rosto  toda vez que começávamos a contar piadas mais imundas.

O santo homenageado na rua onde ficava o boteco vivia sempre às escuras, pois não lembro de ter contado ou ouvido piadas limpas naquele santuário etílico.

As antiguidades pelas paredes e chão diminuíram, mas o Toninho fez questão de me mostrar um quadro com um pôster que eu trouxe para ele da Itália, em 1992.
É mole?

Pois é, meus amigos, fiquei muito feliz em voltar a um pé sujo da minha juventude.
Juventude que passei ao lado de vocês e que parece que foi ontem de noite.

Ficamos de voltar qualquer dia.
Só espero que não o faça daqui há 35 anos.

Sem mais, com carinho, Washington.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Puta papo no Bar das Quengas



O blog foi a Lapa e não perdeu a viagem.
Domingo, céu nublado, o co-editor deste blog, Washington, e o colaborador contumaz, Serginho, seguiram do Flamengo a Lapa, caminhando ao encontro de Priscila Rosário, diretora-presidente da distribuidora de filmes Tucuman, uma das maiores futuras distribuidoras de cinema do mundo.

E foi no Bar das Quengas, com todo o respeito, que batemos um papo muito legal sobre cinema, política, enfim, coisas da vida.

O Bar das Quengas fica numa esquina da Mem de Sá com a Washington Luis, nada ver com este co-editor que vive se defrontando com ruas e avenidas com o seu nome.

Mas o nome que muito nos agradou, eu e Serginho, foi o do bar, Bar das Quengas.
Que beleza poética que os pés sujos da vida nos agracia!!!