segunda-feira, 13 de abril de 2015

Bar do Torto com a alma certa de Garrincha


Do amigo e correspondente do blog em Curitiba, René Ruschel, este texto feito originalmente para a revista Carta Capital, mas "roubatilhado" por este blog que adora histórias como a do |Magrão. Não é sobre o Sócrates dos pés pequenos e grande humanista jogador de futebol, mas sim o Magrão apaixonado pelo maravilhoso Garrincha, o nosso Charles Chaplin, Carlitos do futebol. 

Veja este trecho e depois corra com os dedos para ler o já compartilhado da Carta Capital pelo bemblogado.com.br do texto lúdico como um passe de Garrincha, perpetrado (gostaram?) pelo nosso craque das teclas, o René:  
"Magrão não faz planos. Toca a vida. Além dos projetos de cultura popular, decidiu transformar em relacionamento verdadeiro um amor platônico que dura 25 anos. Declarou-se à mulher amada à moda antiga. Enviou uma carta escrita à mão, uma rosa e abriu seu coração. Enquanto espera uma resposta, Garrincha e o Bar do Torto continuam a ocupar plenamente sua alma e seu coração." 

Leia abaixo na íntegra a história do Bar do Torto, um bar escrito com a alma certa. Alma de apaixonado. 

Por René Ruschel em Carta Capital – 

Como Garrincha, seu ídolo, Magrão desconcerta os “joões” da vida

Odair José e Walter Branco
Retratos. O boteco promove rodas culturais, como uma que reuniu Odair José e Walter Branco
Bar do torto, bairro de São Francisco, em Curitiba. A arte e a genialidade que levaram Mané Garrincha à fama compõem um cenário de catedral. As paredes cobertas por fotos, quadros e recortes de jornais parecem uma arquibancada do tempo, uma via-sacra por estações semidivinas com a saga do “Anjo das Pernas Tortas”. Quem as contempla não consegue evitar a reverência pela figura emblemática. Nenhuma lembra a dor, a tristeza ou o fracasso. Apenas os dias de glória, como convém aos ídolos.
A ideia nasceu da cabeça de Arlindo Ventura, o Magrão, paulista de Mauá, na Grande São Paulo, que se mudou para Curitiba em 1989. Seu primeiro emprego foi em um bar. Ficou um ano, antes de iniciar uma romaria por outros da cidade. Servia à noite e de dia completava a renda com o serviço de manobrista em estacionamentos da cidade. “Cheguei a ficar 36 horas acordado” lembra.
Magrão tinha um sonho, conhecer Londres. Depois de juntar umas moedas, tentou entrar no Reino Unido em 2002. Barrado no aeroporto, acabou deportado. Antes de voltar ao Brasil, teve tempo de flanar por Paris.
Em 2003, correu atrás de outro objetivo, montar o próprio negócio. O nome do bar surgiu ao acaso. Ao rever um velho documentário sobre Garrincha, lembrou-se da mania do craque do Botafogo e da Seleção Brasileira de dar apelido aos colegas. Sobre qual alcunha dera a si mesmo, Garrincha: “Eu sou o Torto”. Nascia a ideia do Bar do Torto em 5 de fevereiro.
A paixão pelo ídolo vem da infância. “Ouvi falar de Garrincha pela primeira vez no dia de sua morte. A partir de então, comecei a ler e me interessar por tudo sobre sua vida.” Nesses 12 anos, O Torto transformou-se em um ícone da culturaunderground e, Magrão, em um agitador de parcerias impossíveis capaz de quebrar até a sisudez e a desconfiança dos curitibanos.
Em 2008, para comemorar os 50 anos do primeiro título Canarinho, na Copa do Mundo na Suécia, instalou uma mesa na rua, em frente ao bar. Convidou Ulf
Lindberg, o filho sueco de Garrincha, fruto de uma aventura com uma camareira em 1959, a crônica esportiva da capital e quem mais se interessasse pelo tema. Denominou o evento de “Quadra Cultural”.
A iniciativa consolidou-se. Em 2011, sentaram à mesma mesa o maestro, compositor e arranjador Walter Branco, que trabalhou com Tom Jobim e João Gilberto, e o cantor Odair José. O debate rendeu uma apresentação no Teatro Guaíra. A produção foi sustentada pela distribuição e venda de ingressos no bar a preços populares. A diferença, Magrão, o mecenas anônimo e solitário, completou do próprio bolso. Também passou pela “Quadra Cultural” o cantor Jerry Adriani. Neste ano, o convidado é Rolando Boldrin. “Quero retribuir aquilo que a vida me deu.”
Não é uma frase de efeito. Em janeiro de 2014, no auge das manifestações contra a Copa do Mundo, em São Paulo, um metalúrgico que voltava da igreja em companhia da mulher e o filho de 5 anos teve seu Fusca 1965 incendiado em plena Avenida Paulista. Era o veículo de passeio e trabalho. Sem o carro, precisou levar, nas costas, um portão. Em Curitiba, Magrão assistiu ao drama pela televisão. Emocionado, decidiu presentear o metalúrgico com uma Brasília amarela, seu xodó.
Um grande presente veio no Natal de 2014. O escritor francês radicado em Nova York Dominique Beaucant resolveu homenagear Garrincha, um de seus ídolos, com o lançamento de um livro nos Estados Unidos (Garrincha, o Rei dos Reis – O divino anjo voa novamente), ilustrado com 245 fotos. Sem nunca ter pisado no Brasil, Beaucant descobriu a odisseia de Magrão em Curitiba e as imagens do bar e de um de seus quadros ilustram a capa e contracapa da obra. Antes, a banda O Rappa escolhera O Torto como cenário para o curta-metragem Fronteira (D.U.CA.). Xandão, integrante da banda, gosta de frequentar o bar quando pode. Em uma certa tarde, o bar semiaberto, para um táxi e a passageira entra e pede para conhecer a casa. Era a cantora Elza Soares, ex-mulher de Garrincha, que fez questão de abraçar o comerciante. Durante a Copa do Mundo no Brasil, o jornalista francês Thomas Badia assistiu a uma partida no Torto e publicou no diário Le Monde a história do Le Grand Maigre.
Magrão não faz planos. Toca a vida. Além dos projetos de cultura popular, decidiu transformar em relacionamento verdadeiro um amor platônico que dura 25 anos. Declarou-se à mulher amada à moda antiga. Enviou uma carta escrita à mão, uma rosa e abriu seu coração. Enquanto espera uma resposta, Garrincha e o Bar do Torto continuam a ocupar plenamente sua alma e seu coração.

domingo, 12 de abril de 2015

Oh, Minas Gerais e as especiais!!!!

O blog esteve em Belo Horizonte neste final de semana e de lá saiu surpreso. 
Sabem a famosa história do pão de queijo, da cachacinha de Salinas, do tutu e da costelinha suina? 
Pois bem, descobrimos que a coisa não é mais a mesma. 
Melhorou! 

Belo Horizonte é a agora a mina de cervejas especiais. 

A mineirada ainda dá suas bicadinhas numa Salinas, mas tem gostado mesmo é de beber litros e litros de cerveja da melhor.

Não me venham falar em cerveja industrializada, fabricada aos bilhões de litros, sem cevada e com muito arroz e milho transgênicos da pior espécie no lugar da sagrada cevada.


Nosso amigo Wilson Renato Pereira, mais conhecido carinhosamente como Uilsim, é o maior especialista em cerveja especial de Minas Gerais.
Modesto, ele diz que não é muito verdade esta afirmação.
De BH? também não aceita ser o maior especialista. 
Maior conhecedor de c erveja especial de Brumadinho, cidadezinha aprázível onde fica o confortável condomínio onde mora? 
Também sua modéstia não aceita.
Então, tá? O Uilsim é maior especialista em cerveja especial do Condomínio das Pedras, onde mora. E pronto.

Onde estávamos? Ah, o especialista e atleticano galo doido Uilsim nos levou ao Stad Jever. 
Não chute, tentando adivinhar que o local é um novo estádio em BH. 

Na verdade, é um  pub dos mesmos proprietários da festejada cervejaria Wall's. Das melhores do Brasil, sem a modéstia do Uilsim.
E lá, neste santuário do lúpulo e da cevada, o especialista Uilsim mostrou todo o seu conhecimento e nós mostramos toda a nossa disposição em beber mais do que aprender. 

Cervejas com até 12 graus de álcool, com 93% de amargor, nos mostraram
que bebemos algo próximo a água nos botecos da vida. 
Saímos de lá flutuando.
Ah, e sem ressaca no outro dia.

Pois é, Minas nao é mais a mesma. 

Ainda bem!




Marcas de cervejas Walls, com o grau etílico e de amargor


sexta-feira, 10 de abril de 2015

Sexta-feira, dia de cachorro louco


Sempre no intuito de colaborar com nossos fiéis leitores, rapidamente produzimos a foto acima para oferecer uma desculpa caso o aconteça algo imprevisto (já que hoje é sexta-feira) como aquela cerveja a mais no final do dia, etc.
Repare que não estimulamos a mentira. É a mais pura verdade a desculpa!

domingo, 5 de abril de 2015

A Lapa de hoje, a Lapa de outrora

Na Rua do Senado, na Lapa, um bar bem peculiar. Dos antigos, aconchegante até na rua. 
E uma roda de samba das melhores, comandada por mulheres.
 "A Lapa de hoje, a Lapa de outrora, que revivemos agora", como diz o grande Paulinho da Viola.

Obs.: Obrigado Odete, pela dica. 


O Luiz Otávio, xará do saudoso pai do co-editor do blog, Washington, deve ser bem teimoso.