segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Botequim, segundo um intelectual de alma e garrafa cheia

Este blog, muitas vezes metido a besta, tem a ousadia de, além de divulgar pés sujos eméritos, charges e "causos" sobre botecos e cerveja gelada, divulgar livros.

Isso mesmo, pé sujo também é cultura. 

E por falar neste tema, o historiador carioca  Luiz Antonio Simas sabe muito bem falar, lecionar e escrever sobre as culturas da diáspora africana no Brasil.  

Ah, frequenta e sabe divulgar como ninguém os botecos da vida.

Leiam trecho de "A ágora carioca", texto do autor no livro lançado recententemente "Pedrinhas Miudinhas": 

"A luta pelo boteco é a possibilidade de manter viva a crença na praça popular, espaço de geração de ideias e utopias - fundadas na sabedoria dos que têm pouco e precisam inventar a vida - que possam nos regenerar da falência da (des)humanidade que se limita a sonhar com o tênis novo e corpo moldado, não como conquista de saúde, mas como simples egolatria incrementada com bombas e anabolizantes cavalares.


(...) Este combate,  amigos, é muito mais significativo do que imaginam os arautos modernosos e seus programadores visuais. Botequim, afinal de contas, tem alma, é entidade, terreiro carioca, feito os trapiches  s sobrado do cais do porto me noite de lua cheia".


Salve Simas. 
Salve intelectuais da sua estirpe, 
que têm alma de botequim. 

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