terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Feliz 2009 acompanhado de uma boa loira ou ruiva ou morena gelada ...
Chegam aos borbotões textos dos nossos correspondentes espalhados pelo mundo. É de dar água na boca, ou melhor: cerveja na boca, colaborações como a do nosso homem (opa!) em Paris, Luis-Felipe Kessler, acima na foto. Justificamos, mas apresentamos escusas aos sedentos e ávidos leitores e também ao nosso talentoso correspondente pela demora em postarmos tão valiosas dicas. Saúde!
Em minha ultima missão comentei a resistência da Loirettes do Val de Loire e comentei que iria visitar L’Académie de La Bière. Ainda não fui, mas fui presenteado pelo comentário do Tadeu no blog.
Valeu Tadeu. Atiçou minha vontade e antes da virada do ano vou às belgas ...
Mas no Natal me dei uma missão: ir ao único lugar na França onde poderíamos degustar cervejas milenares. De onde estou falando Da Alsácia, é claro.
A Alsácia trocou de mãos algumas vezes entre França e Alemanha. Oficialmente francesa a partir do tratado de Paz da Westphalia com o fim da guerra dos Trinta anos em 1648, viria a ser anexada pela Alemanha na Guerra Franco-Prussiana (1871 a 1918) . Com o fim da Primeira Guerra, o Tratado de Versalhes devolve a Alsácia a França.Posteriormente, foi ainda ocupada por Hitler entre 1940 e 1944.
A Alsácia, portanto, guarda em sua cultura uma forte influência germânica. Seja na comida, com seus chucrutes e Eisbeins (Jambenneaux) ou nos vinhos brancos e, é claro, o mais importante as cervejas.
Os alsacianos que, normalmente, falam Alemão e Francês reivindicam ainda sua influência da cultura francesa com a invenção do "foie gras" e a Marseillaise foi escrita na Alsácia quando da passagem de Rouget de Lisle por Estrasburgo em 1792.
Na Alsácia se fabricam as cervejas Kronenbourg, Heineken e Fischer , além de uma centena de cervejas artesanais. Tentei descobrir no google quantas cervejarias existem na Alsácia, mas não encontrei.
Encontrei algumas preciosidades artesanais, passeando pela feira de Natal na bela Estrasburgo,
como a Storky Pils (5,1%) da Cervejaria de L’Ill em Logelheim, que coloca em seu rótulo que a cerveja é feita de acordo com a lei de pureza de 1516; Ou a Bière de la Cigogne (5,6%) e ainda comprei um pacotinho de Natal contendo uma Blonde de Scharrach (6%) e 2 bières de Noël de Scharrach (6%), ambas feitas pela cervejaria Lauth em Scharrachbergheim.
A bière de Noël é uma cerveja especial feita com “ épicieries” para uma sabor mais picante e editada para o Natal. Muitas cervejarias fazem sua bière de Noël.
Ainda recomendo a cada janta degustar as cervejas locais a Fischer, que costumo tomar em Paris, ou uma mais local. Em minhas andanças gastronômicas comi um Eisbein regado a uma Mosbräu de Noël. Divina !
Portanto, prezados leitores, em viagem à França, degustar os vinhos é gratificante, mas sem jamais abandonar a bom papo no balcão das brasseries regados a um cervejinha. Ali as portas e as dicas de passeios pela cidade se abrem para vocês.
Para os aficionados a Alsácia é endereço certo para um bom chucrute regado a uma cerveja alemã,digo, francesa, ou melhor, Alsaciana. Uma cerveja feita conforme a receita original de monges e os padrões do maiores mestres cervejeiros alemães.
Desejo a todos um 2009 tomando uma gelada em um pé sujo em algum canto do Brasil ou da França.
(é claro que, enquanto escrevo, degusto uma Blonde Biére de la Cigogne (cerveja da Cegonha). Incrível o depósito no fundo do copo. Nada como uma cerveja sem conservantes).
PS: Ainda para registro. Encontrei outro endereço a ser visitado em Paris: “La cave à bulles”.
A La cave à bulles propõe a degustação de 150 cervejas artesanais francesas e 40 belgas.
Vale verificar. Olha o endereço para os viajantes .
La cave à bulles
45, rue Quincampoix, Paris 75004.
Tel 01 40 29 03 69
www.lacaveabulles.fr
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