sábado, 1 de março de 2014

José Rosa, do alto do seu Castelinho




O grande poeta Mário Quintana dizia que adorava os túneis do Rio de Janeiro, pois era onde podia descansar da beleza natural da cidade maravilhosa.
Não se comparando ao grande Quintana, a diretoria deste blog foi em peso ao Restaurante Castelinho para descansar do colorido, efusivo e barulhento (no bom sentido) carnaval do Rio.

O Castelinho é um restaurante que existe há 35 anos e mantém decoração dos tempos de outrora.
Decoração e indumentária, pois os garçons são elegantemente vestidos de calça preta, camisa branca e gravata borboleta também preta.

Lá, depois de degustarmos um prato misto delicioso, com filés bovino, de frango, suíno e linguiça, conversamos com o sócio-gerente da casa, o senhor José Rosa, 64 anos.

Todo prosa, e com motivo, ele já vai informando que "quem é da noite sabem quem é José Rosa".

Também pudera. Vejam o breve currículo do nosso personagem:

Em 1969 chegou do Ceará e foi trabalhar na Churrascaria Jardim, em Copacabana. De lá seguiu para a saudosa boate Flag, de José Hugo Celidônio, onde começou com cumin (auxiliar de garçon).

Depois, José Rosa foi para o Chalé Suisse e, não se perca, para a boate Regines e logo após para o restaurante Medalhão D'or.

O nosso entrevistado trabalhou em seguida no Castelo da Lagoa, também de chico Recarey e, em 1977, foi contratado por Ricardo Amaral para o Hippopotamus, onde entrou como garçon e chegou a maitre d'hotel.

No Castelinho,  está há mais de 20 anos. Onde, pelo jeito, sossegou o facho.

Sossegou em termos, pois as cinco da manhã já está no local para preparar a guarnição que é o seu xodó e que o enche de orgulho: a torrada.

"Ninguém corta a torrada tão fininha quanto eu. A criançada adora", elogia-se.

A bem da verdade, não só a garotada, aprecia a torrada de Rosa, pois, acompanhada de paté ou manteiga é de dar chope na boca. 

Pois bem, este é o Castelinho, onde além de comer bem, você pode bater um longo e bom papo com o ex-homem da noite que agora atende todos os dias. 

E o papo é cortesia da casa.


Mello, um garçon tradicional no bem servir

 O co-editor deste blog, Américo, com a filhinha Gabi (que fez uma deferência especial e se deixou fotografar. Coisa que não faz todos os dias, mesmo o pai sendo um dos melhores fotógrafos do Rio de Janeiro).
 Américo, Gabi, Serginho e este que vos tecla, Washington, na tradicional mesa do Castelinho

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