quarta-feira, 12 de março de 2008

Depoimentos de usuários e solidários


Tire as patas do meu pé sujo


De todo o Brasil chegam manifestos de apoio à nossa causa.

Veja abaixo e venha pra caixa (de cerveja) você também, vem!

Nossa, amigo, imagino o quanto você deve estar aborrecido. Aquele seu recanto é mesmo um charme, que eu já conhecia há muito por ter a minha mamy morado do outro lado da rua, em frente ao seu prédio, como lhe contei.

Embora eu seja das caipivodkas, e uma boa Smirnoff costuma ter em quase todo pé sujo que se preza, sou cercada de amigos (e todos os namorados até então) cervejeiros, e assim sempre fui adepta e simpatizante desses espaços cativantes que são a cara do Rio.

Exatamente por isso, há tempos também venho me irritando bastante com esta proliferação de belmontes na cidade. O da Lavradio é a coisa mais antipática e fora de compasso local que conheço. Assino embaixo da campanha de vocês.
Lidia Pena - Rio de Janeiro
jornalista


É blogueiros, tudo por uma causa justa!!!
Parabéns pela nova área de conteúdo.
Abs,
Luiz Cabral - Rio de Janeiro
publicitário (neste momento de férias em algum pé sujo de Recife).




Fiquei com as mãos atadas e a mente turva em saber que estão pisando nos pés sujos do Rio.
Isso cheira mal.
Infestos dinheiristas querendo abocanhar nossa alegria.
Invadir a nossa praia e polir as latrinas criativas de nossa inspiração.
Isso é abominável, não podemos deixar os invasores minarem nossa aura e roubar nossa paz.
Vou me recolher em uma garrafa antes que seja tarde.
Queria ser um gênio, mas podam minhas vontades e os meus engradados de filosofias e me colocam a catar latinhas...

Circe Brasil
Comunicóloga - Porto Alegre




Esta luta não é só carioca. É Brasileira.
Aqui na Capital Federal, que tem esquina sim senhor, a moda é boutique de chope como no Rio.
A caneca anda custando cerca de R$ 4 a R$ 5 reais.
Quem pode pagar isso numa noitada, que aqui com a Lei Seca, acaba por volta da uma da madruga?
Convoco todos os cervejeiros de Brasília a levantar essa bandeira e lutar pela boa vida nos botequins.
Salve o Amigão, o Cavalcante, o Luiz, o Cata Vento, o Piaui, o Terapia, o Bar do Botafogo (Só Drinks) e tantos outros pé sujos sobreviventes.

Chico Almeida - Brasilia/DF
Empresário do ramo de Comunicação



TIRE AS PATAS DO MEU "PÉ SUJO"........ PRA EU MANTER O MEU PÉ REDONDO !!!

É isso aí blogueiros e pé sujeiros, parabéns pela luta !!!

É uma inversão de valores tremenda.
Se não houver pessoas engajadas como vocês, daqui a pouco teremos que ir a bairros chiques para encontrar um pé sujo.
Teremos que pagar manobristas (chamados de valet service), aguardar o leão de chacára ir com a tua cara, para poder entrar num "pé sujo", que daí será proíbido de usar copos americanos da Nadir ou de requeijão, os banheiros serão limpos, etc. etc... e o dono (e único funcionário) não terá tempo de cuidar da cerveja em garrafa de 600 ml, para estar estupidamente gelada... e isso será o fim.

Aqui em Curitiba até os pés sujos são assépticos, mas ainda sobrevivem, a sua maioria é de Polaco e poderíamos dizer que são "Pés sujos (e) coxas brancas".

Firme na luta e frouxo na cerveja!!!

Ronaldo Flor
Um paulistano em Curitiba



Estou de corpo e alma nesta justa e merecida causa. Boteco é boteco e fim de papo. Não podemos deixar os neguinhos acabarem com os nossos santuários, simplesmente, sem reagir.

Fernando Tadeu
jornalista
Ponte Rio/Brasília



HOMENS EM TEMPOS SOMBRIOS

A
substituição das clássicas garrafas de cerveja 600ml por "invólucros da casa" vai muito das alegadas falta de espaço ou economia operacional. Ela revela uma mentalidade que se pretende "moderninha", mas está fundamente plantada na submissão - e na ganância, claro. Submissão porque reverencia padrões assepticos da sociedade norte-americaana, pródiga em "tudo em box".


Isto é, um cheiro só, um gosto só, um vazio só e um 0800 qualquer que faz de conta atender e respeitar o cliente, em movimento de pura solidão.

Paulistano e morador da cidade, coleciono experiências frustrantes sobre o assunto. Uma delas no decantado "Bar Brahma", esquina da São João com a Ipiranga, durante apresentação do fabuloso Jamelão. Lá, não bastasse o confisco da cerveja em pról do lucro fácil, te obrigam a beber unicamente como eles querem.

Quando revelei meu gosto por pequeno colarinho, o garçon sentenciou: "Aqui a gente só serve assim!". "Mas quem vai beber e pagar sou eu, não?...", tentando argumentar com o gerente. Ele me deu as costas, ninguém deu a mínima, e me senti imerso naquilo que Jamelão cantava: "...hoje sou folha morta...".

Bem-vindo esse combativo movimento pelos pés-sujos que também se traduz por "Não põe corda no meu bloco!"

Síntese: Abaixo a afetação, a avareza e o autoritarismo! Pela volta das garrafas e dos botecos!
(Esses caras ainda vão nos obrigar a beber em vasilhames tão filhadaputamente sintéticos que a vida, enfim, se revelará como pretendem: de plástico.)

José Carlos Conte, jornalista - pé de valsa, não pé redondo e nem pé de chumbo, mas um pouco pé sujo.


2 comentários:

RONALDO PINTO FLOR disse...

TIRE AS PATAS DO MEU "PÉ SUJO"........ PRA EU MANTER O MEU PÉ REDONDO !!!

É isso aí blogueiros e pé sujeiros, parabéns pela luta !!!

É uma inversão de valores tremenda.
Se não houver pessoas engajadas como vocês, daqui a pouco teremos que ir a bairros chiques para encontrar um pé sujo.
Teremos que pagar manobristas (chamados de valet service), aguardar o leão de chacára ir com a tua cara, para poder entrar num "pé sujo", que daí será proíbido de usar copos americanos da Nadir ou de requeijão, os banheiros serão limpos, etc. etc... e o dono (e único funcionário) não terá tempo de cuidar da cerveja em garrafa de 600 ml, para estar estupidamente gelada... e isso será o fim.

Aqui em Curitiba até os pés sujos são assépticos, mas ainda sobrevivem, a sua maioria é de Polaco e poderíamos dizer que são "Pés sujos (e) coxas brancas".

Firme na luta e frouxo na cerveja!!!

Ronaldo Flor
Um paulistano em Curitiba

Américo Vermelho disse...

Ronaldo,

Voce, como membro honorário do blog (e irmão do Renato), terá direito à publicação do seu comentário na primeira página, junto com outros ilustres companheiros de jornada (ou barricada, como prefere o Washington).
Aqui é o Américo Vermelho, fotógrafo amigo do seu irmão e do guerrilheiro Washington Araujo.